Cancelar
Acesso CNTV

Sindicato alerta que decisão de Jatene gera demissões de vigilantes no Pará

29 Abr


A diretoria do Sindicato dos Vigilantes do Pará (Sindivipa) questionou ontem a decisão do governador Simão Jatene que por meio do decreto 05, datado de 19 de janeiro deste ano, determinou a substituição gradativa dos contratos com empresas de vigilância por sistemas eletrônicos de alarme, a contratação de vigilância diurna somente para órgãos e entidades estaduais que lidam com arrecadação e guarda de valores e restringiu o uso de vigilância armada apenas a postos de vigilância noturna, como parte do corte de gastos do Executivo Estadual, o que provocou a demissão de 500 vigilantes que atuavam no Governo do Estado e coloca de 800 a mil vigilantes sob ameaça de perder o emprego até o final deste ano.

A denúncia foi feita ontem à tarde pelo presidente do Sindivipa, Juber Lopes. Para exemplificar a necessidade de investimentos em segurança pública, Juber destacou que na Região Metropolitana de Belém somente quatro escolas estaduais possuem vigilância privada: Escola Romulo Maiorana, na Cidade Nova 8, a Escola Salesiano do Trabalho, na avenida Pedro Miranda, na Pedreira, na Escola Juscelino Kubitscheck, na rodovia BR-316 e no Caice, em Santa Izabel do Pará. Até o fechamento desta edição, o Governo do Estado não tinha se manifestado sobre o assunto, o que poderá ocorrer no dia de hoje.

"Até esse decreto, de janeiro, nós tínhamos 2 mil vigilantes prestando serviço ao Governo do Estado, de um total de 12.308 vigilantes no Estado, ou seja, cerca de 20% do total de profissionais no Pará. É claro que existe um custo da vigilância considerando-se a legislação vigente com relação à compra e uso de armamento e a reciclagem bienal de trabalhadores, mas quando se verifica que a segurança pública é um dos temas mais sensíveis à sociedade, como pode o Governo abrir mão desses profissionais?", questiona Juber Lopes.

Para o sindicalista, a medida adotada pelo Governo do Estado é contraditória quando a administração pública tem como meta aperfeiçoar ações de segurança pública no Estado. "Com relação às escolas, a Cipoe (Companhia Independente de Policiamento Escolar) faz a segurança fora dos estabelecimentos de ensino, e não no interior das escolas", afirmou Juber, acrescentando que tão logo foi baixado o decreto o Sinvipa buscou o Governo, mas até agora não conseguiu reunir-se com técnicos governamentais. "Nós denunciamos o fato à OAB-PA e ao Ministério Público do Estado e entramos com uma ação civil pública na Justiça do Estado", relatou o sindicalista. Ele afirmou que o sistema eletrônico adotado pelo Governo configura-se em um sistema de câmeras monitoradas à distância, "mas não fazem segurança, só registram os fatos".



0 comentários para "Sindicato alerta que decisão de Jatene gera demissões de vigilantes no Pará"
Deixar um novo comentário

Um valor necessrio.

Um valor necessrio.

Um valor necessrio.Mínimo de 70 caracteres, por favor, nos explique melhor.