A greve dos bancários continua por tempo indeterminado. Nesta quinta-feira, 06, completou 10 dias e até agora a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) continua em silêncio. A greve foi deflagrada no dia 27/09, após os bancários, em assembleias, rejeitarem a proposta de 8%. A reivindicação da categoria é de 12,8%, sendo a inflação do período mais 5% de aumento real.

O movimento, que já o maior em 20 anos, cresce a cada dia. Hoje foram 8.758 postos de trabalho paralisados no Brasil. Na base da FETEC-CUT/SP foram 1.491. “Os bancários estão mostrando sua indignação ao cruzarem os braços. Aguardamos uma resposta da Fenaban, que parece estar indiferente, mesmo diante da força do movimento em todo o país�, reforça Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP.

Em São Paulo 30 mil bancários permaneceram em greve. Além de centenas de agências, o sindicato também paralisou vários centros administrativos, com grande concentração de trabalhadores, um total de 807 locais de trabalho.

No interior, os bancos continuam com as prática anti-sindicais para acabar com o direito de greve dos trabalhadores. Em Presidente Prudente há denúncias de que os bancos estariam forçando os bancários a iniciarem os trabalhos após às 16h.

Já o Seeb Limeira protestou. Distribuiram 150 quilos de bananas na porta do Santander, Itaú e HSBC, com a seguinte carta: “Enquanto o bancário dá lucro para o banco, o banco dá banana para o bancário, o cliente e o usuário de bancos�.

Os bancários estão recebendo o apoio de várias categorias como vigilantes, metalúrgicos do ABC, químicos de São Paulo e do ABC, professores, funcionários públicos municipais, trabalhadores da saúde, do setor de energia, de comunicação, além de parlamentares e clientes. A UNI Sindicato Global do setor, com representações em 14 países, também está apoiando a categoria.